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terça-feira, 11 de maio de 2010

Paraibana é Assassinada brutalmente no Rio de Janeiro

Câmeras flagraram homem carregando mala no Leblon
Polícia suspeita que suspeito filmado seja o ex-marido de jovem encontrada morta na manhã de sábado
Rio - Câmeras de prédio da Avenida Visconde de Albuquerque, no Leblon, filmaram um homem carregando, no início da manhã de sábado, mala igual à que foi encontrada com o corpo de Íris Bezerra da Silva, 21 anos. A polícia acredita que o suspeito seja o ex-marido dela, Rafael da Silva Lima, 27, que teve a prisão decretada, está foragido e com quem Íris morou por três anos na Favela da Rocinha, em São Conrado. Nas cenas, o homem passa por local próximo de onde a vítima foi achada por funcionários da prefeitura. A jovem foi morta com 33 facadas e teve o corpo esquartejado.


Íris e Rafael na época em que ainda estavam juntos | Foto: Reprodução.Ontem, agentes da Divisão de Homicídios passaram o dia fazendo buscas por vários endereços, mas não localizaram Rafael. Os agentes receberam informações de que o suspeito do crime teria sido pego e espancado por traficantes da Rocinha, onde o casal morava com a filha.
Dias antes do crime, a menina viajou com a avó paterna para Fortaleza, Ceará. Há suspeitas de que Rafael tenha fugido para encontrar a família no Nordeste. Até o fim da noite de ontem, o Disque-Denúncia (2253-1177) havia recebido quatro ligações sobre o paradeiro do acusado.
A mãe adotiva de Íris, Maria da Guia Bezerra de Freitas, 56 anos, está no Rio desde sábado para acompanhar o translado do corpo da filha. O enterro está marcado para amanhã à tarde, em Fagundes, na Paraíba, a 120 quilômetros da capital João Pessoa. “Uma vizinha me ligou contando o que havia acontecido com ela. Você imagina como eu fiquei. Agora, o que eu quero mais é achar minha neta”, desabafou.
Mãe biológica de Íris, Maria José Freire disse que teve pressentimento no dia em que a filha foi morta. “Cheguei em casa à noite e estava me sentindo angustiada. Senti um aperto no peito, sensação de perda. Eram umas 9h, 10h e ele (supostamente Rafael) já devia ter tirado a vida da minha filha”, lamentou ela, que também mora no Nordeste.
Íris se mudou para o Rio em busca de vida melhor e foi morar na Favela da Rocinha. Ela e o marido estavam separados há cerca de um mês. A polícia suspeita que o principal motivo do crime seja ciúmes. Amigos e parentes da vítima disseram que, nos últimos dias, Rafael perseguia Íris e que teria até roubado os documentos dela. Vizinhos contaram ainda que ouviram uma briga do casal na sexta-feira.
Rosto não aparece com nitidez
As imagens do circuito de segurança em que o homem aparece carregando uma mala estão sendo analisadas pela polícia. O rosto do suspeito não aparece com nitidez, mas, para o delegado da Divisão de Homicídios (DH), Felipe Ettore, há fortes chances de que seja Rafael.
Segundo o delegado, a comparação só poderá ser feita depois da prisão do suspeito. “Tem todos os indícios. A bolsa é muito parecida com a encontrada. Depois da prisão do suspeito, vamos poder comparar o tipo físico", explicou Ettore.
Em busca de novas evidências
Embora já tenham um suspeito com a prisão decretada, agentes da Divisão de Homicídios continuaram ontem ouvindo testemunhas do caso. O objetivo é conseguir reunir mais provas sobre o assassinato de Íris, que trabalhava como operadora de caixa de uma loja em Ipanema.
As informações fornecidas pelas testemunhas, porém, não acrescentaram fatos novos às investigações. A polícia aguarda o laudo do Instituto Médico Legal (IML).

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